Bem Vindo ao Correio do Oeste - 11 Anos Alimentando Você com Informações Políticas !

PGR pede abertura de novo inquérito sobre Fernando Collor

Publicado em: 12/11/2015

por Carla Araújo | Estadão Conteúdo

PGR pede abertura de novo inquérito sobre Fernando Collor

Foto: Waldemir Barreto/ Agência Senado
A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um novo inquérito sobre o senador Fernando Collor (PTB-AL), também no âmbito da Lava Jato. O novo pedido, que foi encaminhado ao ministro Teori Zavascki, é sigiloso e não há maiores detalhes. Collor já foi denunciado pela PGR por corrupção e lavagem de dinheiro. Até agora, as investigações indicam que o senador recebeu R$ 26 milhões em propina entre 2010 e 2014 por um contrato de troca de bandeira de postos de combustível assinado pela BR Distribuidora e por outros contratos da estatal com a UTC Engenharia, outro alvo da Lava Jato. O dono da empresa, Ricardo Pessoa, é apontado como chefe do cartel beneficiário de contratos com a Petrobras. As primeiras denúncias contra Collor detalham o esquema de lavagem de dinheiro usado pelo senador, com a compra de carros de luxo, além de delações que apontam entrega de dinheiro em mãos ao político. Subordinado do doleiro Alberto Youssef, peça central da Lava Jato, Rafael Ângulo relatou ter dado pessoalmente R$ 60 mil a Collor em um apartamento do parlamentar. A Polícia Federal também obteve a confirmação de oito comprovantes de depósito em nome do senador, mencionados em delação por Youssef. O doleiro disse ter feito “vários depósitos” a Collor, no valor de R$ 50 mil. O senador também foi citado no depoimento do lobista Fernando Baiano, apontado como operador de propinas do PMDB pela Operação Lava Jato, que afirmou que, em 2012, o então diretor financeiro da BR Distribuidora Nestor Cerveró comentou sobre uma suposta pressão feita por Collor na subsidiária da estatal petrolífera. Na ocasião, Collor negou ‘qualquer ingerência’ na BR Distribuidora. Por meio de nota, o senador negou “enfaticamente ter exercido qualquer ingerência – muito menos pressão – sobre a Petrobras ou sua subsidiária BR Distribuidora”. “O senador não se dignará a responder a especulações infundadas de delator a partir do que supostamente ouviu dizer de terceira pessoa, e que não apontam concretamente qualquer fato específico, nem lhe atribuem prática de qualquer ilegalidade”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Blue Captcha Image
Atualizar

*